segunda-feira, 15 de março de 2010

Prevenção do cancro do estômago: Controle a Helicobacter pylori com uma boa dieta



Parece existir uma íntima relação entre a infecção por H. pylori e o desenvolvimento de adenocarcinomas no estômago.
Os estudos consultados evidenciaram que a dieta tem um papel fundamental tanto na potenciação como na prevenção deste tipo de cancro.
O consumo de carne, especialmente carne vermelha e processada, assim como de sal são um factor acrescido de risco, que quando somado à infecção por H. pylori, podem levar a carcinogénese.
Por outro lado, alimentos ricos em antioxidantes como os vegetais ou frutas (principalmente frescas), já provaram ser eficazes na prevenção do cancro do estômago.
Sendo Portugal tão afectado por esta doença, torna-se cada vez mais imperioso, tomar consciência dos cuidados a ter ao nível de uma dieta equilibrada, usufruindo da grande variedade de vegetais e frutas existente no nosso país.

Prevalência do cancro do estômago


O cancro do estômago é o quarto tipo de doença oncológica mais prevalente e a segunda maior causa de morte relacionada com o cancro em todo o mundo [1]. É estimado que ocorrem 650.000 mortes e 880.000 novos casos deste tipo de cancro por ano, sendo que dois terços ocorrem em países em desenvolvimento.
Portugal está entre os dez países com maior número de cancros do estômago e, infelizmente, o número de casos não tem diminuído significativamente nos últimos anos.
O Japão, Chile e Portugal são alguns dos países onde a incidência da patologia é maior. Isto porque há, em média nestes países, 29 mortes por cada 100 000 pessoas em cada ano.Em contraste, nos Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha, há apenas cerca de três mortes em 100 000 pessoas por ano devido ao cancro do estômago.
Esta doença oncológica afecta mais homens que mulheres e tende a surgir após a quinta década de vida.

Helicobacter pylori


A H. pylori vive no estômago humano, mais concretamente na camada mucosa, estando muitas vezes associada ao aparecimento de úlceras estomacais e gastrite.
A incidência de infecção por esta bactéria é bastante maior nos países em desenvolvimento do que nos países desenvolvidos, provavelmente devido às piores condições sanitárias e de higiene. Surpreendentemente, em Portugal, a percentagem de infecção é semelhante à dos países em desenvolvimento.


Associação entre h. Pylori e cancro do estômago


O cancro do estômago está frequentemente associado à infecção por H. pylori (70-90%), sendo que se determinou que a presença desta bactéria confere um aumento de seis vezes no risco de contrair esta patologia.
A título de exemplo, o Japão, que é o país com maior incidência de cancro do estômago, é também um dos países em que a infecção por H. pylori é maior.
Tendo em conta os estudos epidemiológicos que mostram a associação entre a H. pylori e o cancro do estômago, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou a H. pylori como um carcinogéneo do grupo I (como o tabaco).

Alimentos promotores da carcinogé-nese em indivíduos com h. Pylori

Apesar da presença de H. pylori em 70 a 90% dos indivíduos afectados por cancro do estômago, a infecção por esta bactéria não é condição única para o desenvolvimento de cancro.
Um caso interessante de analisar é o continente africano onde a H. pylori está presente em 90% da população, mas os casos de cancro no estômago são muito raros.
Estes dados permitem-nos pensar que existem outros factores que podem actuar de forma sinérgica com a H. pylori. Entre os alimentos que se acredita estarem envolvidos na promoção da carcinogénese do estômago em indivíduos com esta bactéria estão as carnes vermelhas e processadas e também alimentos salgados ou o consumo do próprio sal.


Um estudo [2] promovido pelo EPIC (European Prospective Investigation Into Câncer and Nutrition) tentou relacionar o consumo total de carne, assim como de carne processada (salsichas, bacon...) e carne vermelha, com o risco de cancro do estômago.
Os resultados mostraram que quanto maior o consumo de carne vermelha, processada ou o consumo total, maior era o risco de desenvolvimento de cancro do estômago.
Os pacientes que estavam infectados por H. pylori apresentaram uma maior proporção de adenocarcinomas em todos os casos. Isto comprova, mais uma vez, que há uma relação próxima entre a H. pylori e o desenvolvimento de cancro.


Os mecanismos envolvidos na relação entre o consumo de carne, infecção por H. pylori e o risco de cancro do estômago ainda não são completamente conhecidos. No entanto, sabe-se que a carne vermelha é uma fonte de ferro e tem sido sugerido que esse elemento seja um factor de crescimento essencial para a H. pylori.


sexta-feira, 5 de março de 2010

Avaria de reactor nuclear afecta exames de cancro



A escassez mundial da substância radioactiva molibdénio é uma situação habitual que, recorrentemente, provoca atrasos na realização de exames de diagnóstico de oncologia e cardiologia. Desta vez, está em causa a paragem de um reactor na Holanda, responsável por 30% da produção mundial.

A situação faz com que muitos exames não urgentes tenham de ser adiados, o que também afecta clínicas e hospitais portugueses, segundo revelou ontem o "Diário de Notícias". A Autoridade Nacional do Medicamento confirmou a escassez, adiantando que o molibdénio "tem vindo a ser utilizado de forma moderada" devido aos problemas com os poucos reactores que o produzem.

Ouvida pela Lusa, a presidente da Sociedade Portuguesa de Radiologia e Medicina garantiu que a questão estava a ser abordada "a nível internacional". As centrais nucleares que produzem molibdénio são sete, sendo as mais importantes no Canadá e na Holanda. E ambas têm sofrido paragens nos últimos anos.

Usado em 80% dos exames

Ora, segundo a Associação Europeia de Medicina Nuclear, a grande maioria dos exames assenta num derivado do molibdénio, o tecnécio (cerca de 80%). A solução que está a ser equacionada passa pela construção de um novo reactor na Holanda, uma vez que o actual tem já 49 anos.

Segundo Lucília Salgado, até agora, os exames urgentes têm sido assegurados. "Houve alguns períodos mais críticos, mas não tem havido interrupção total de fornecimento". Apesar de haver exames alternativos, o molibdénio aquela matéria-prima faz falta. "É todo um sistema de trabalho que está a ser abalado porque os nossos equipamentos foram construídos de forma a poder ler com grande eficácia a energia do tecnécio".

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Consulta Multidisciplinar de Tumores Neuroendócrinos no IPO de Lisboa

Os tumores neuroendócrinos são entidades raras, mas cuja incidência tem vindo a aumentar de forma significativa nas últimas décadas. Destes, os digestivos constituem cerca de 2/3, sendo seguidos em prevalência pelos pulmonares. No IPOLFG, EPE, o seguimento dos doentes com esta patologia tem sido efectuado em Consultas de Gastrenterologia, Oncologia Médica, Pneumologia e Endocrinologia.


Apesar dos tumores neuroendócrinos serem tradicionalmente considerados tumores indolentes, é inquestionável a sua complexidade e heterogeneidade, o que justifica uma abordagem multidisciplinar, bem como o seu seguimento em centros de referência.

Durante a Direcção do Serviço de Gastrenterologia a cargo do Doutor Nobre Leitão e com o seu estímulo, foram efectuados os primeiros contactos no sentido de se constituir uma Consulta Multidisciplinar de Tumores Neuroendócrinos. Esta foi formalizada por deliberação do Conselho de Administração, sob proposta do actual Director do Serviço de Gastrenterologia, Dr. António Dias Pereira.

A Consulta Multidisciplinar de Tumores Neuroendócrinos decorre no Serviço de Gastrenterologia, com o apoio do seu secretariado e tem uma periodicidade quinzenal. Nela são avaliados doentes referenciados a partir de outras consultas do Instituto, bem como doentes seguidos noutros hospitais, por solicitação dos seus médicos assistentes.

Estão representadas na Consulta Multidisciplinar todas as especialidades habitualmente envolvidas no manejo desta patologia: Gastrenterologia (que exerce a coordenação), Oncologia Médica, Endocrinologia, Pneumologia, Anatomia Patológica, Imagiologia, Medicina Nuclear e Cirurgia Geral.


A Consulta Multidisciplinar de Tumores Neuroendócrinos tem como objectivos principais definir e aplicar a melhor terapêutica bem como estabelecer os programas de vigilância apropriados a cada situação. Propõe-se igualmente registar e caracterizar os tumores neuroendócrinos seguidos no Instituto e participar em acções de formação e de divulgação desta patologia.






http://www.ipolisboa.min-saude.pt/Default.aspx?Tag=CONTENT&ContentId=6712

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Livro ajuda pais de crianças com cancro



Médicos e psicólogos escreveram um livro para ajudar os pais de crianças vítimas de cancro a retomar uma vida normal após o tratamento. A Associação Acreditar apresenta hoje o livro, para assinalar o Dia Internacional da Criança com Cancro.


"As pessoas estão habituadas a uma rotina, a ir ao hospital todos os dias, a ter os médicos, os enfermeiros, os psicólogos, uma série de pessoas. Tiveram um filho com uma doença muito grave e preocupam-se porque, de repente, aquele mundo em que viveram muito tempo desapareceu", explicou Margarida Cruz, directora-geral da Acreditar. Os pais sentem-se abandonados e inseguros quando as crianças espirram ou têm febre. A mensagem é que estas crianças "devem seguir a sua vida normal".





Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=DB5E6398-863C-4110-98BC-FC5684B02C08&channelid=F48BA50A-0ED3-4315-AEFA-86EE9B1BEDFF

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Entrevista a Madalena D'Orey

Olá a todos :)

Na semana passada tivemos a oportunidade de ver a nossa entrevista colocada no blogue da forum estudante. Eis o link e a entrevista:
http://www.forum.pt/escolas/area-projecto/450-um-exemplo-de-vida


Aqui fica a entrevista com Madalena d’ Orey, ex-doente oncológica que tem vindo a desenvolver diversas acções conjuntamente com a Associação Acreditar. Para conhecerem um pouco melhor a história de vida desta grande senhora, basta consultar o site da revista Selecções (http://www.seleccoes.pt/article/14527).


Nós - Olá Madalena! Desde já, felicitá-la pela enorme coragem que tem tido ao longo da sua vida, perante problemas oncológicos. Com que idade se deparou com um problema dessa natureza? Que impacto teve a doença na sua infância e adolescência.
Madalena - Olá. O cancro apareceu quando eu tinha 9 anos. Mal foi diagnosticado, comecei a fazer tratamentos de quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Estes tratamentos e idas frequentes ao hospital tiveram um período de dois anos. Como é natural, toda a minha doença teve um impacto na minha adolescência e numa altura em que pensamos nas nossas brincadeiras, amigos e programinhas, obrigatoriamente muitos destes pensamentos passavam para um segundo plano porque o meu objectivo era arranjar forças para sobreviver!


Nós - Enquanto submetia-se aos tratamentos que eram necessários, teve dificuldades em interagir com a sociedade? Sempre foi bem tratada ou sentia-se como alguém diferente no mundo?
Madalena - Sempre fui uma criança feliz. Penso que o mais difícil foi o estar careca e para que os outros não percebessem usava cabeleira, mas havia sempre gente má que me via sem cabelo e que me perguntava o que é que se estava a passar. Isto acontecia principalmente na escola. No entanto, tinha a minha irmã, que é um ano mais velha, a olhar por estas situações que me facilitava bastante. De resto, antes pelo contrário, era muito mimada por toda a gente. Foi bom e importante.


Nós - Ao lermos a sua história, na revista Selecções, apercebemo-nos que continua a manter uma forte ligação com a doença. Porquê é que decidiu manter uma ligação, sabendo que poderia ficar emocionalmente afectada com as histórias que lhe aparecessem?
Madalena - Sempre me questionei o porquê de eu ter sobrevivido a esta doença que era tão grave. Depois de uma grande amiga ter morrido, passados dois anos de tratamento em conjunto comigo, eu sempre disse para mim mesma – “se eu fiquei viva por algum motivo foi e um dos motivos foi para ajudar crianças com estes problemas e as suas famílias. Dar-lhes força e esperança que é o melhor que podemos fazer nestas alturas. Dizer-lhes – “ eu também tive um cancro e estou bem..” Os momentos de alegria são imensos e de sofrimento quando morre alguém também, mas tenho por lema pensar que “ainda bem que estive com aquela criança e lhe proporcionei momentos diferentes”.

Nós - De que forma se encontra envolvida na felicidade das crianças com problemas oncológicos? Como consegue fazer sorrir, ou ainda melhor, vencer o estigma de serem diferentes perante tudo e todos?
Madalena - É muito simples. Basta dizer-lhes que eu também tive um cancro e mostrar-lhes algumas fotografias que elas ficam logo diferentes. Falam sobre os seus medos, os seus sonhos e partilhamos sentimentos em comum porque falamos a mesma linguagem.


Nós - Nunca se questionou acerca do “ porquê” de haver tantas crianças que perdem a sua infância perante estes problemas?
Madalena - Sim claro, muitas vezes. Mas cheguei à conclusão que quando aparece um cancro numa criança ninguém tem culpa. Tenho uma fé enorme e acredito que Deus tem um plano para cada um de nós. Não tenho outra explicação senão acreditar que existe uma vida para além desta e que todos estes anjinhos que morreram estão a olhar por nós. Isto é uma tarefa difícil acreditem…
Nós - Qual foi, até hoje, a história que mais lhe marcou?
Madalena - Tantas. Todas as crianças que conheci e que conheço marcaram-me. Hoje tenho um grupo de grandes amigas, todas ex-doentes de cancro, que consegui ajudar enquanto estiveram em tratamentos. Umas já são médicas, outras enfermeiras…enfim somos um grupo grande. A morte da Alina a primeira menina que conheci e que acompanhei muito de perto, uma vez que estava sozinha em Portugal, marcou-me de uma maneira especial. Eu fui de férias uma semana e ela estava mal. No dia em que regressei fui logo ter com ela e com os olhos muito abertos disse-me “ainda bem que chegaste porque já estou muito cansada”. Ficamos todo o dia a falar e ao final do dia ela morreu. Em paz vos garanto!

Nós - Qual o seu maior desejo, para estas crianças e o que esperaria mais e melhor da sociedade?
Madalena - Que todas estas crianças se curassem. Adorava que a sociedade, principalmente os órgãos governamentais, tivessem mais atenção a crianças com cancro. São terríveis as condições de que os pais e estas crianças beneficiam acreditem… podem consultar a legislação e vão perceber o sofrimento e as dificuldades financeiras que todas estas famílias estão submetidas ao longo de todo o processo de doença que, às vezes, pode durar muitos anos.


Nós -
Para finalizar, em que aspecto é que as Escolas podiam colaborar para integrar melhor as crianças e adolescentes, face aos problemas oncológicos, que afectam cada vez mais pessoas?
Madalena - Penso que as escolas deveriam estar sensibilizadas para que a partir dos 18 anos todos dessem sangue. Penso que isto tem a ver com educação. Deveríamos crescer com este pressuposto. Todos os jovens sabem que aos 18 anos podem tirar carta condução certo? Então vamos também transmitir que é um dever serem dadores de sangue.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Dia mundial contra o cancro



Comemorações do Dia Mundial contra o Cancro 2010, a 4 de Fevereiro, lembram que o cancro também pode ser prevenido.




O mote das comemorações do Dia Mundial contra o Cancro 2010, a 4 de Fevereiro, é "o cancro também pode ser prevenido". O objectivo consiste em salientar medidas simples que previnem o cancro, nomeadamente:




  • Não consumir tabaco;


  • Dieta saudável e exercício físico regular;


  • Reduzir o consumo de álcool;


  • Protecção contra infecções que podem estar na origem do cancro.


O cancro é a principal causa de morte no mundo.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, se não for tomada nenhuma medida, 84 milhões de pessoas venham a morrer de cancro entre 2005 e 2015.



Todos os anos, a 4 de Fevereiro, a OMS alia-se à União Internacional contra o Cancro, a fim de promover o combate contra o cancro. A prevenção e a promoção da qualidade de vida dos doentes com cancro são temas recorrentes.



Para saber mais, consulte:



OMS - Dia Mundial contra o Cancro - em árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo.
Campanha Mundial contra o Cancro - http://www.worldcancercampaign.org/ - em inglês.






http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/noticias/dia+cancro.htm

Lançamento de uma linha telefónica de Apoio ao Cancro

Fig - Célula Cancerígena


O número 808 255 255 vai funcionar a partir de dia 4 de Fevereiro todos os dias úteis entre as 17h00 e as 22h00 para "informar e apoiar doentes, seus familiares e o público em geral sobre esta doença".


A Liga Portuguesa contra o Cancro vai aproveitar o dia mundial contra o cancro para o lançamento da Linha Cancro. A linha telefónica destina-se a "esclarecer questões relacionadas com diagnóstico, tratamento e direitos legais das pessoas com cancro" e ainda a servir para a recolha de informações sobre prevenção e rastreio. Em comunicado divulgado hoje, Vítor Veloso, Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, explica que “a equipa de enfermeiros e psicólogos que faz parte deste projecto procura, mais do que informar, apoiar e ajudar quem nos liga a encarar a doença de uma forma mais positiva, ajudando-os a encontrar formas e forças para lidar com todas as implicações pessoais, profissionais e sociais da doença”.

O documento aproveita ainda para recordar alguns números negros: "O cancro é a segunda causa de morte nos países ocidentais e a primeira entre a faixa etária dos 35 aos 64 anos. De acordo com dados da Sociedade Americana de Cancro (ACS) estima-se que 7.6 milhões de pessoas de todo o mundo morreram de cancro em 2007. Nos países desenvolvidos, os cancros mais comuns nos homens são o da próstata, pulmões e intestino enquanto que nas mulheres os mais prevalentes são os dos pulmões, mama e colo-rectal".


Fonte: Público


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Vitamina D aumenta sobrevivência de doentes com linfoma (Estudo da Mayo Clinic)



Os níveis de vitamina D em pacientes com um tipo específico de linfoma parecem estar relacionados com o avanço do estado do cancro e com a probabilidade de sobrevivência, revela um estudo da Mayo Clinic, em Rochester, EUA.Citado pela imprensa, o líder da investigação, Matthew Drake, refere que se trata do estudo mais conclusivo sobre a relação entre vitamina D e o cancro.


Os autores analisaram 374 pacientes diagnosticados com linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), a forma mais comum de linfoma. Os testes sugerem que metade dos pacientes não apresentava níveis normais de vitamina D no organismo, sendo que, nestes doentes, foi observado um risco 1,5 vezes maior de progressão da doença.Depois de os dados terem sido ajustados com outros factores que poderiam desencadear a doença, foi observado que, durante o período de estudo, o risco de morte entre os pacientes com deficiência de vitamina D foi o dobro do verificado para os pacientes que apresentavam níveis normais de vitamina D.


"O papel exacto que a vitamina D pode desempenhar no aparecimento ou progressão do cancro é desconhecido, mas sabemos que a vitamina desempenha um papel na regulação do crescimento celular, entre outros processos importantes na limitação dos tumores", explicou Drake.Embora os dados sejam surpreendentes, o investigador alerta, contudo, para o facto de serem preliminares e necessitarem de mais investigações para serem validados.


Para ter e manter os níveis ideais de vitamina D, o investigador recomenda a exposição ao sol no Verão durante 15 minutos, três vezes por semana, de modo a que a vitamina possa ser armazenada dentro de gordura corporal, um suplemento vitamínico “simples e barato”.

Fonte: Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Portugal regista onze mil cancros de pele por ano

Fig- Causas e Localização do Cancro de Pele

Portugal regista 10 mil novos casos de cancro de pele por ano e ainda mil novos de melanoma (o mais maligno). Em 90% deles, a causa foi a excessiva exposição a raios ultravioleta. Os solários vieram potenciar o drama: vinte minutos equivalem a dia e meio de praia.
"Pode dizer-se, sem dúvida, que há uma relação entre o uso dos solários e o aparecimento de mais casos de cancro de pele", começa por dizer Fernando Ribas, director da Liga Portuguesa Contra o Cancro. A explicação é simples: os solários emitem radiação ultravioleta A que é menos cancerígena que a B, mas que também o é. Além disso, é um tipo de radiação que penetra mais fundo na pele e provoca o envelhecimento precoce. Como se não bastasse, uma sessão de vinte minutos de solário equivale a dia e meio de praia. Ou seja, "a radiação é muito mais concentrada", explicou.



Fernando Ribas explica que "a pele tem uma capacidade limite para receber radiação ultravioleta" e que se a ultrapassarmos, "a probabilidade de desenvolver um cancro cresce exponencialmente". Trocado por miúdos, a pele não deveria, nunca, receber mais do que 10 sessões de solário por ano. E isto sendo muito optimista, porque na verdade, quanto menos, melhor. "Não aconselho o solário a ninguém, talvez a uma noiva, uma vez na vida", ironiza.
Certo é que o cancro de pele aumenta e aumenta em jovens. "Verificamos que há muitos mais casos de melanona (o mais maligno dos cancros de pele) em pessoas com menos de 30 anos do que aqueles que havia há uns anos. As pessoas colocam-se ao sol sem cuidado algum, sem protecção nenhuma e, do mesmo modo, fazem solário onde o perigo está muito mais concentrado", lamentou.



Na essência desta adesão aos solários está a moda da tez morena, sempre bronzeada, associada a férias, a poder económico, enfim, à classe social mais elevada. Coisa do século XX, porque, ao contrário, um século antes, a tez morena era apanágio de trabalhador rural, os nobres eram tão brancos que se viam as veias e o sangue... azul.
Duplicam a cada década. A saúde, contudo, não se compadece com modas e a cada década duplicam os casos de cancro de pele. Nos últimos 20 anos, desde que há solários em Portugal, assiste-se a um aumento significativo de cancros cutâneos.



A doença pode, contudo, demorar a manifestar-se. "Se apanhar um escaldão hoje, só daqui a 10 ou até 20 anos é que pode ter sinais", alertou o mesmo médico. "Uma célula pode ter ficado danificada, mas só uma década depois dar origem a cancro", afirmou.
"Só no meu consultório aparecem mais de cem novos casos por ano. É mesmo muito sério. E 90% dos casos devem-se mesmo a exposição excessiva de raios ultravioleta", concluiu.

Fonte: Jornal de Notícias

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Curiosidades!

O cancro é contagioso?
Não. Mesmo que alguns cancros humanos sejam causados por vírus, eles não são se propagam, como uma constipação ou uma gripe.


Os cancros são doenças modernas?
Não, os cancros existem há séculos. Há ossos de dinossauros que apresentam excrescências que podem ter sido cancro ósseo. Algumas das múmias egípcias tinham cancro e existem esqueletos de índios sul-americanos que apresentam sinais de cancro.


Só os seres humanos contraem cancro?
Não. Os animais e as plantas também o contraem.


Toda a gente nasce com cancro?
Não. Esta é uma ideia antiga, baseada numa teoria que esteve muito em voga durante o passado século.Segundo essa teoria, dentro do nosso organismo existiriam células que seriam vestígios de um anterior desenvolvimento e que se começavam a dividir quando algo as punha em funcionamento. Os investigadores científicos, hoje em dia, não acreditam nessa teoria.


O cancro é hereditário?
O cancro, em geral, não é. Existem alguns cancros, muito raros, que são hereditários, como é o caso dos retinoblastomas, cancros do olho, nas crianças.Verifica-se também uma tendência para certas famílias terem maior propensão para contraírem certos cancros.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Resultados da Sondagem

Olá a todos os nossos visitantes :)

Desde já, pedimos desculpa pelo facto de não postarmos há muito tempo. Estas férias fazem-nos tomar como preguiçosas :P

Ora bem, neste primeiro post do novo ano de 2010, iremos fazer uma leve abordagem face aos resultados da nossa sondagem.

A pergunta era:
Haverá um aumento exponencial, nos próximos anos, do cancro?

Dos onze votos apurados, cerca de 72 % afirmou que sim. Talvez, esta opinião derive do facto de haver cada vez mais evolução no ramo da Ciência, criando condições para que o cancro seja associado a diversos estímulos ambientais e que haja um crescimento mais acelerado da progressão cancerigenea.

No entanto, cerca de 18 % afirmou que não. Esta escolha, poderá derivar do facto de haver uma evolução da Ciência, que por sua vez pode arranjar novos tratamentos menos intensos e mais eficazes.

Cerca de 9 % assumiu não ter uma opinião sólida, pois o futuro é incerto e qualquer coisa pode acontecer. Poderá haver uma evolução bastante positiva, que no entanto, a longo prazo poderá trazer consequências muito complicadas para a sociedade!

Gostámos da adesão e iremos continuar a publicar mais sondagens :)