segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Cancro: Portugueses descobrem pela primeira vez gene mutado


Investigadores portugueses identificaram pela primeira vez um gene mutado no cancro gastrointestinal que poderá servir num futuro próximo como biomarcador de prognóstico ou ajudar a desenvolver novos fármacos.

O trabalho, a publicar em breve pela revista Human Molecular Genetics, foi realizado por uma equipa do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) liderada por Raquel Seruca, em colaboração com colegas do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) e do Instituto de Biotecnologia e Bioengenharia (IBB) do Instituto Superior Técnico.

"Desde há muito tempo que nos preocupamos em encontrar genes mutados, especialmente nos cancros colo-rectal e gástrico, que possam servir como biomarcadores para perceber o estado da doença, modificar a terapêutica dos doentes ou desenvolver novas drogas", disse Raquel Seruca à Lusa

Informação retirada do site :

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro na Mama


Dez mil pessoas correram em Lisboa para apoiar luta contra o cancro da mama.
Ontem o Parque das Nações, em Lisboa, encheu-se hoje, domingo, de azul com dez mil pessoas a participar na corrida solidária Sempre Mulher, que visou angariar fundos para a Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro na Mama.
Nem o tempo chuvoso demoveu a multidão vestida de azul de se concentrar as 10:30 da manhã na zona pedonal do Parque das Nações para, ao som da música ritmada, participar na aula colectiva de aeróbica e aquecer o corpo e os ânimos antes da corrida solidária de quatro quilómetros.

Minutos depois, com o tiro de partida da 10ª edição da Corrida Sempre Mulher, crianças, mulheres e homens de todas as idades lançavam-se ao percurso, uns a correr, outros em ritmo de passeio e convívio, mas todos sublinhando o carácter solidário da iniciativa e a vontade de apoiar às vítimas de cancro da mama.
Verónica Rufino, presidente e uma das fundadoras da Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro na Mama (APAMCM) explicou à Agência Lusa que o objectivo da edição deste ano foi "angariar fundos para a reconstrução da futura sede da Associação, num espaço cedido pela Câmara Municipal de Lisboa no Alto da Eira e que está desactivado há dois anos, e para fazer face às despesas do dia-a-dia".

"A iniciativa correu muito bem. Este ano conseguimos dobrar o número de pessoas. O ano passado tivemos cinco mil mulheres e este ano tivemos dez mil pessoas inscritas, o que é fantástico", sublinhou a responsável, acrescentando que as expectativas para 2011 "são ainda melhores, já que cada ano que passa a corrida melhora".
Ainda com uma respiração algo ofegante, Eduarda Luís, de 52 anos, e Elisabete Gomes, de 57, enalteceram a "importância da iniciativa" e fizeram um balanço positivo da corrida, que, "além de ser por uma boa causa", também as motivou "a praticar desporto".
Maria Dias, de 64 anos, que também se juntou ao evento, destacou a importância de as pessoas se associarem através deste tipo de iniciativas a luta contra o cancro.
"Gostei muito da corrida e do facto de este ano ter tido mais participantes", disse.
Já Virgínia Pereira e Sílvia Martinelli revelaram outros incentivos: "Viemos cá pela causa, mas também pelo divertimento e, sobretudo, para ver o Tony Carreira", embaixador da Luta Contra o Cancro na Mama.

Sobre a situação do cancro da mama em Portugal, a presidente da APAMCM foi peremptória: "As coisas estão a correr muito bem. A única cosia que tem que ser acrescentada é a informação, a divulgação e educação da prevenção do cancro de mama".
É também, segundo Verónica Rufino, "muito importante desmistificar a ideia de que se morre do cancro da mama.
Hoje em dia, se a mulher for a tempo, tem uma probabilidade de 90 por cento de cura", lembrou a responsável.
A APAMCM é uma Instituição Particular de Solidariedade Social desde 1999, sem fins lucrativos, no âmbito da Saúde e da Segurança Social. De acordo com dados fornecidos à Lusa no fim de Outubro, a Associação, sem sede desde Setembro, já reuniu quase 30 por cento das verbas necessárias para as obras de recuperação do espaço cedido pela autarquia lisboeta.



in Jornal de Notícias

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Fig. 1 - Desenvolvimento e transporte de células cancerigenas

Tudo se inicia com o crescimento de um conjunto de células num determinado tecido, que se vão escapando para a corrente sanguínea ou linfa e vão percorrer todo o canal até atingirem um novo tecido. Após a chegada, começam novamente a sofrer sucessivas mitoses noutro local, voltando a repetir todo o processo e metastizando para locais díspares e sem qualquer ligação, excepto pela corrente sanguínea.


Partindo dos sinais que alguém evidencie é possível fazer um pré-diagnóstico pessoal, havendo sintomas para cada tipos de cancro. Eis alguns exemplos:

• Nódulos ou uma dureza anormal do corpo.

• Dores incomodativas e persistentes.

• Perdas consistentes de sangue ou outros líquidos por via-rectal ou oral.

• Tosse intensa e constante rouquidão.

• Perda de peso sem causa aparente e/ou mudança na cor das fezes.

• Alterações dos hábitos digestivos.

È muito importante, caso se confirme um conjunto destes sintomas, contactar um especialista e realizar testes médicos como análises, TAC, raios-x, ressonâncias magnéticas, biopsias, e verificar se existe a possibilidade de tumor ou não. Geralmente, quando um indivíduo apresenta sintomas poderá encontrar-se num estado de desenvolvimento muito avançado, em que as suas células continuam a crescer descontroladamente e a criar uma enorme massa.

Cada sintoma poderá referir-se a diferentes tipos de cancro. Estes por sua vez são classificados de acordo com a sua anatomia patológica.


§ Carcinoma – É um tumor maligno que tem origem em tecidos constituídos por células epiteliais que formam estruturas contínuas como a pele. É um tipo de cancro que grande parte das vezes é maligno.


§ Sarcoma - Tipo de cancro que inicia o seu desenvolvimento em tecidos de ligação, como por exemplo, os ossos ou músculos.


§ Leucemia – Geralmente abordado como cancro do sangue, há um aumento exponencial de leucócitos que provoca a circulação livre das células cancerígenas.


§ Linfoma – Tumor no sistema linfático cujas redes de gânglios linfáticos vão perder as suas funções de protecção e combate. O linfoma acaba por afectar os linfócitos que são um grupo de células auto-imunes.


O que é o cancro?

Actualmente o mundo é bombardeado com notícias sobre o cancro. Possivelmente, cada cidadão conhece ou já ouviu falar de alguém que sofre ou sofreu desta enfermidade. No entanto saberemos nós, homens, do que se trata?
Medicinalmente pode-se classificar o cancro como a proliferação descontrolada de células. Estas células, por sua vez, poderão ser novas ou velhas.
Tudo se inicia num conjunto de células constituintes de um tecido, que por sua vez irão fazer parte de um determinado órgão. De forma geral, estas sofrem mitoses sucessivas, onde o seu ADN se multiplica, bem como todos os seus organitos celulares. Novas células são formadas e outras degeneram. Todo este ciclo leva um determinado tempo, sem que seja muito rápido havendo por vezes anomalias que provocam alterações no crescimento celular, acelerando-o descontroladamente e impedindo a degeneração das células velhas. Estas, por si designam um tumor.
Existem dois tipos de tumores: os benignos e os malignos.

Tumores Benignos

Não são considerados cancro pelas seguintes características:

Não provocam a morte;

São removíveis e rapidamente tratáveis;

Não ocorre metastização nem disseminação das células cancerígenas;

Outros tecidos não são afectados;


Tumores Malignos

São considerados cancro pelos seguintes factores:

São bastante mais graves que os benignos, podendo levar à morte;

Podem ser removidos, embora voltem a criar novas metástases;

Têm a tendência em metastizarem-se para outros tecidos, havendo um descontrolo na sua propagação;

Até há bem pouco tempo, havia um pensamento social de que as células cancerígenas atingiam única e exclusivamente adultos e idosos. No entanto, isso está completamente errado, devido ao facto de haver uma elevada tendência para atingir crianças e adolescentes. O Homem precisa de conhecer o seu corpo e identificar sintomas menos comuns, porque isso valida a existência de um mau funcionamento orgânico.