segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro na Mama


Dez mil pessoas correram em Lisboa para apoiar luta contra o cancro da mama.
Ontem o Parque das Nações, em Lisboa, encheu-se hoje, domingo, de azul com dez mil pessoas a participar na corrida solidária Sempre Mulher, que visou angariar fundos para a Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro na Mama.
Nem o tempo chuvoso demoveu a multidão vestida de azul de se concentrar as 10:30 da manhã na zona pedonal do Parque das Nações para, ao som da música ritmada, participar na aula colectiva de aeróbica e aquecer o corpo e os ânimos antes da corrida solidária de quatro quilómetros.

Minutos depois, com o tiro de partida da 10ª edição da Corrida Sempre Mulher, crianças, mulheres e homens de todas as idades lançavam-se ao percurso, uns a correr, outros em ritmo de passeio e convívio, mas todos sublinhando o carácter solidário da iniciativa e a vontade de apoiar às vítimas de cancro da mama.
Verónica Rufino, presidente e uma das fundadoras da Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro na Mama (APAMCM) explicou à Agência Lusa que o objectivo da edição deste ano foi "angariar fundos para a reconstrução da futura sede da Associação, num espaço cedido pela Câmara Municipal de Lisboa no Alto da Eira e que está desactivado há dois anos, e para fazer face às despesas do dia-a-dia".

"A iniciativa correu muito bem. Este ano conseguimos dobrar o número de pessoas. O ano passado tivemos cinco mil mulheres e este ano tivemos dez mil pessoas inscritas, o que é fantástico", sublinhou a responsável, acrescentando que as expectativas para 2011 "são ainda melhores, já que cada ano que passa a corrida melhora".
Ainda com uma respiração algo ofegante, Eduarda Luís, de 52 anos, e Elisabete Gomes, de 57, enalteceram a "importância da iniciativa" e fizeram um balanço positivo da corrida, que, "além de ser por uma boa causa", também as motivou "a praticar desporto".
Maria Dias, de 64 anos, que também se juntou ao evento, destacou a importância de as pessoas se associarem através deste tipo de iniciativas a luta contra o cancro.
"Gostei muito da corrida e do facto de este ano ter tido mais participantes", disse.
Já Virgínia Pereira e Sílvia Martinelli revelaram outros incentivos: "Viemos cá pela causa, mas também pelo divertimento e, sobretudo, para ver o Tony Carreira", embaixador da Luta Contra o Cancro na Mama.

Sobre a situação do cancro da mama em Portugal, a presidente da APAMCM foi peremptória: "As coisas estão a correr muito bem. A única cosia que tem que ser acrescentada é a informação, a divulgação e educação da prevenção do cancro de mama".
É também, segundo Verónica Rufino, "muito importante desmistificar a ideia de que se morre do cancro da mama.
Hoje em dia, se a mulher for a tempo, tem uma probabilidade de 90 por cento de cura", lembrou a responsável.
A APAMCM é uma Instituição Particular de Solidariedade Social desde 1999, sem fins lucrativos, no âmbito da Saúde e da Segurança Social. De acordo com dados fornecidos à Lusa no fim de Outubro, a Associação, sem sede desde Setembro, já reuniu quase 30 por cento das verbas necessárias para as obras de recuperação do espaço cedido pela autarquia lisboeta.



in Jornal de Notícias

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